Quando decido ver uma série, sempre gosto de pesquisar ou, pelo menos, ler a sinopse antes de começar a assistir. Com Finding Carter não fiz isso e simplesmente adorei a surpresa.
A SÉRIE
Finding Carter conta a história de Carter Stevens (Kathryn Prescott), uma adolescente como qualquer outra. Logo na primeira cena vemos a dinâmica entre Carter e sua mãe, Lori Stevens (Milena Govich). E ali já se pode notar a forte relação entre mãe e filha. São amigas, companheiras e encontram confiança uma na outra. Não tem como não lembrar de Lorelai e Rori (Gilmore Girls) nestes primeiros momentos.
Despedindo-se de sua mãe, Carter, como qualquer outra adolescente de séries e filmes norte-americanos (hahaha), vai se encontrar com amigos, invade um parque, liga o carrossel e acaba sendo detida pela polícia (Ok. Não é tão parecida com a Rori afinal de contas).
Já na delegacia, Carter se mostra calma e ajuda a tranquilizar os amigos ao dizer que somente sairão com uma advertência. O que realmente ocorre, quando seus amigos são liberados com a chegada de seus pais.
E é a partir deste momento que a trama começa a se desenrolar.
A delegacia tenta entrar em contato com mãe de Carter sem sucesso. E, quando uma mulher aparece querendo conversar com Carter, logo penso que sua mãe morreu logo após a despedida das duas. Pronto. A trama seria essa. Uma garota adolescente que perde a mãe, é colocada no sistema de adoção e, ao mesmo tempo, tem que se encontrar, se descobrir.
Engano meu.
Carter é, na verdade, Lyndon Wilson, e Lori, sua mãe, é também sua sequestradora (oi, Nazaré Tedesco).
Vítima de um sequestro quando criança, Carter não se lembra de sua família biológica e tem dificuldade em acreditar na veracidade do fato. Depois da revelação, vemos Carter sendo jogada em um turbilhão de emoções. Sua mãe, Lori, está sendo procurada pela polícia e ela passa a morar com seus verdadeiros pais.
Já em sua nova casa, Carter conhece seus avós, sua irmã gêmea Taylor, e Grant, o irmão mais novo que nunca chegou a conhecer.
E, neste momento, digo que é impossível não querer descobrir tudo o que vai acontecer na série.
Apesar de saber da verdade, Carter tem extrema dificuldade em aceitar a nova família, o que irrita bastante em certas partes dos dois episódios de estreia. Sua maior aversão é em relação à Elizabeth (Cynthia Watros), sua mãe biológica. Provavelmente porque a vê como uma substituta de Lori, não aceitando que Elizabeth assuma seu lugar de mãe.
Sendo ao menos cordial com o resto da família, Carter faz questão de demonstrar para Elizabeth o quão infeliz está e o quanto ama Lori.
POR QUE ASSISTIR?
É difícil não se irritar com Carter pela falta de sensibilidade em relação à família que passou tanto tempo à sua procura, muitas vezes beirando à crueldade. Por outro lado, temos que levar em conta o quão confusos estaríamos se estivéssemos no lugar dela.
Sua família viveu todo esse tempo em torno de seu sequestro e suas vidas foram claramente afetadas desde aquele dia. Uma mãe que vive em constante medo de perder seus filhos, um pai que se tornou um best seller ao escrever sobre o sequestro de Lyndon, uma filha que faz de tudo para ser perfeita e um filho que se sente invisível. Elizabeth, que é uma detetive da polícia, passou a se dedicar ainda mais ao trabalho, tendo que conviver com o fardo de nunca ter encontrado a sua filha. Enquanto isso, Carter passou a vida toda alheia a todo o sofrimento que sua ausência proporcionou a eles e, por isso, não poupa esforços para voltar a estar ao lado de Lori.
Mas devo dizer que a maior curiosidade é em relação à sequestradora. É impossível não gostar de Lori naquela primeira cena. E, com isso, ficamos com aquela pergunta: Por que ela fez isso?
No primeiro episódio já descobrimos que os pais biológicos de Carter conheciam Lori, tornando as coisas ainda mais interessantes. Nesse mundão da internet já são várias as teorias sobre o porquê do sequestro. E eu sei que já tenho as minhas.
Precisa de outro motivo para assistir a série? Então lá vai: um dos garotos da série, não só admite que Garotas Malvadas é seu filme favorito, como também canta o rap que Kevin G., o nosso matleta mais amado, apresentou no show de calouros. Como não amar?
E um fato curioso: quem já conhece Kathryn Prescott, a protagonista, por causa da série Skins sabe que ela tem uma irmã gêmea. Apesar disso, não é a sua irmã na vida real que interpreta a sua gêmea em Finding Carter.
A série abre inúmeras possibilidades, e, se desenvolverem o enredo como até agora, tem tudo para dar certo.
Estão curiosos? É só dar uma conferida nos vídeos abaixo:
Gostaram? O que fariam se estivessem no lugar de Carter?
